Um texto sobre um poema de Igor Barbosa, que a revista Unamuno publicou. Cliquem aqui.
terça-feira, 15 de novembro de 2022
segunda-feira, 14 de novembro de 2022
As Horas de Katharina, de Bruno Tolentino, por João Filho no Oratório Virtual
Ainda na celebração do aniversário de Bruno Tolentino, publico aqui uma aula do poeta João Filho sobre As Horas de Katharina para o canal Oratório Virtual do padre Magno Gilson:
domingo, 13 de novembro de 2022
Uma conversa sobre Bruno Tolentino no Oratório Virtual
sexta-feira, 28 de outubro de 2022
Le Devot Christ , de Thomas Merton, prólogo ao livro Bread in the Wilderness (um exercício de tradução)
A fotografia estampada neste livro é a de um crucifixo famoso, venerado há séculos numa capela anexa à Catedral de Perpignan, no sudeste da França. Ninguém sabe quem esculpiu esta assombrosa obra-prima. Ninguém sabe ao certo de onde vem. Terá sido levada a Perpignan da Alemanha ou da Espanha? Ou terá sido, como crê a maioria, obra de um catalão anônimo que morava em Perpignan ou nas proximidades dos Pirineus? Qualquer que seja a origem do "Le Devot Christ", sem dúvida arte cristã alguma expressou tão poderosamente o sofrimento de Cristo na Cruz. É de fato o Cristo que o profeta Isaías descreveu “como um rebento que sai de terra sequiosa”. É verdadeiramente o Cristo que Isaías anunciou: “não tinha graça nem beleza para atrair o nosso olhar, o seu aspecto não excitava o nosso amor. Era desprezado, o último dos homens, homem de dores, experimentado nos sofrimentos… Verdadeiramente foi ele que tomou sobre si nossas doenças, carregou com as nossas dores; nós o reputamos como um castigado, como um homem ferido por Deus e humilhado.”(53, 2-4).
Este é também o Cristo do Salmo 25 e de outros que discutimos neste livro. É o Cristo da “noite escura” de que fala São João da Cruz. É o Cristo que compartilha Sua agonia com os místicos. Por fim, é o Cristo de nosso tempo -- o Cristo da cidade bombardeada e do campo de concentração. Vimo-Lo e conhecemo-Lo muito bem. Este Devot Christ é a imagem do que os homens de nossa era estão fazendo uns aos outros: porque eles estão matando-O no outro. Porém, porque muitos há nos quais Ele morre outra vez, muitos há nos quais ressuscita. Afinal, Cristo morre tão-somente para ressurgir dos mortos.
Esta fotografia é por isso mesmo a imagem de nosso Redentor, o Salvador do mundo. Dele disse Isaías no mesmo quinquagésimo terceiro capítulo de sua profecia: “... foi ferido por causa das nossas iniquidades, foi despedaçado por causa dos nossos crimes; o castigo que nos devia trazer a paz, caiu sobre Ele, e nós fomos sarados com os Seus ferimentos. Todos andávamos desgarrados como ovelhas, cada um seguia seu caminho; o Senhor carregou sobre ele a iniquidade de todos nós.”
Não é de admirar que este Devot Christ seja buscado diariamente pelos penitentes e peregrinos no país catalão francês. Este crucifixo é reputado como miraculoso, que garante muitos favores a quem no possui em pura devoção -- ab los que tenan pura devocio. Conta-se-Lhe uma lenda a respeito: Acredita-se que todo ano sua cabeça curvada inclina-se pouco a pouco ao peito. Dizem os catalães que quando o queixo finalmente encostar-se ao peito, será o fim do nosso mundo.
segunda-feira, 17 de outubro de 2022
Meu texto sobre o romance de Elton Mesquita na revista Unamuno
A revista Unamuno, digo-o sem exagero, uma das melhores revistas do país, acaba de publicar meu texto sobre o romance Hesperio Garra de Aguilhão, de Elton Mesquita. Para ler artigo, prima o mouse aqui.
sábado, 8 de outubro de 2022
UM POEMA DE JOÃO FILHO DO LIVRO AO SUL DO LABIRINTO
MIRANTE DE SANTO ANTÔNIO ALÉM DO CARMO
A vida está lotada e nós rodamos
e rodamos por vias tão amargas
(até as aves perdem seus ramos).
Nos estacionamentos, quem não paga?
A vida está sem crédito, em desânimo,
o débito dos dias nos esmaga
entre carros que não estacionamos.
A tarde fragiliza corações,
(o medo escala sujos paredões);
uma buzina em outra se propaga,
-- Não sabe dirigir! -- escuto a pecha,
pois não há vagas, sempre não há vagas.
quarta-feira, 5 de outubro de 2022
Fingir a dor que deveras sente – uma leitura de “Ao Divino Assassino” de Bruno Tolentino
Um ensaio sobre "Ao divino Assassino", de Bruno Tolentino, tal como a maior parte de nós conhecemos, e sobre uma variante deste poema que Tolentino escreveu nos anos 80, quando ainda não era dedicado à Anecy Rocha, e a relação com sua opera omnia, publicado na Revista Unamuno, cujo linque é este: