Uma lírica estranha, com melodias não diria mineralizadas, mas rochosas, algo como as ficções de Lugones, do Lugones de Forças estranhas, que se traduzissem em versos, e sobre a qual escreverei futuramente, já está disponível para pré-venda aqui. Segue um dos poemas:
I.2
Filarmônica
O grito, o som das folhas secas
após caírem num outono;
a revoada de um cisne
com sinfonia em suas asas;
a pedra cai pela montanha,
o estrondo cria outros montes;
as flores cantam em silêncio
uma canção em tons de cores;
com a linguagem destes pássaros
soando as notas pelo céu;
do estalo em dedos, mãos vazias,
temos um jazz mais rarefeito;
violoncelo no dia a dia
tocando o som do encantamento;
o sol no rosto, manhã fria,
os raios quentes soam graves;
na filarmônica existente
tudo é sonoro, em harmonia.
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