MIRANTE DE SANTO ANTÔNIO ALÉM DO CARMO
Não há vagas. E sempre não há vagas.
A vida está lotada e nós rodamos
e rodamos por vias tão amargas
(até as aves perdem seus ramos).
A vida está lotada e nós rodamos
e rodamos por vias tão amargas
(até as aves perdem seus ramos).
Nos estacionamentos, quem não paga?
A vida está sem crédito, em desânimo,
o débito dos dias nos esmaga
entre carros que não estacionamos.
A tarde fragiliza corações,
nos pega em pleno trânsito sem brechas
(o medo escala sujos paredões);
(o medo escala sujos paredões);
uma buzina em outra se propaga,
-- Não sabe dirigir! -- escuto a pecha,
pois não há vagas, sempre não há vagas.
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